Fil de Lisboa
"Got a million things to say...but are they worth to hear?"
27 de junho de 2014
Just breathe
14 de março de 2014
Acreditar
Acreditar que o que me dás meu irmão, é maior do que eu perdi...saber que o que perdeste, é tão maior do que te dei, dou, ou saberei dar. Fica perto, guarda os meus sonhos.
12 de dezembro de 2013
Feliz Natal
A experiência deste Natal de 2013 diz-me que:
- Não sei se haverá mais ou menos pessoas deambulando por Centros Comerciais este Natal. Eu fui fazer as compras há 2 dias, num dia de semana e à hora em que dava o Benfica, pelo que, para além de evitar encontros com delinquentes desocupados que me levassem as prendas compradas com tanto esforço, ainda beneficiei de alguma acalmia que certamente não terá quem deixar a coisa para a última hora, e em especial para o fim-de-semana. Assim, não sei se a crise abrandará o movimento de pessoas frenéticas e irritadas a comprar 1.001 coisas, mas desconfio que será o mesmo de sempre, ou seja, muito...
- Encontrei angolanos na FNAC a comprar livros e CD's como se não houvesse amanhã. Há investimento estrangeiro portanto. Trazem crianças que produzem guinchos estridentes e desconfio que foram instruídos a isso pelos pais como forma de vingança pelos anos de colonialismo que lhes foram impostos. Eu senti-a na pele, caramba, e era fria e cortante...Não sei de onde lhes vem o dinheiro para apanharem um avião que os traga às compras a Portugal, mas como o país não se chateia nada com isso, mesmo quando lhes compram empresas mais ou menos estratégicas por atacado, também a Fnac, a Gant ou a Lacoste não se deverão importar. Quanto ao dinheiro que fica efectivamente por cá via impostos, desconfio. Se o próprio Soares dos Santos leva os lucros da couve que comprámos com 50% de desconto para a Holanda, quanto mais estes...
- O mercado continua a funcionar razoavelmente com base na velhinha lei da oferta e procura, isto é, se os CD's e os DVD's não vendem (a malta vai aos Torrents que é mais barato), baixam-se os preços para níveis que nos fazem pensar porque eram tão caros antes...o mesmo se aplica a produtos de consumo vários, normalmente não essenciais, que de repente se tornaram apetecíveis (porque é que não levo antes este Rosé a metade do preço em vez do Tinto e assim ainda passo por um tipo moderno?). Já pelo contrário, e seguindo a velha máxima que pelas crianças nós fazemos tudo e que eles não têm culpa pelos irresponsáveis votados e votantes que respectivamente desgovernam ou se deixam desgovernar neste país, coisas como Playstations ou Nintendos XPTO e afins, competem com o preço do Ouro nos Mercados Financeiros. As Barbies também, mas o mesmo se aplica a coisas como o Kilo de Nozes e do Bacalhau da Noruega. No geral, vá, no geral, talvez a crise tenha baixado ligeiramente os preços, mas nós também temos menos na carteira e eles sabem (há estudos de elasticidade para isso, sabem?), que se esticassem demasiado a corda, os lucros paravam de crescer 30% ao ano...
- Gosto muito do Natal, gosto muito do convívio natalício, das pessoas que amo (este ano não tenho todas as mais chegadas, infelizmente) e também das couves, do Bacalhau e das filhós, mas odeio tudo o que implica chegar ao Natal. A excepção deste processo em 2013 é que se passa alguma coisa de estranho com o Sporting, mas prefiro estar calado até chegar o dia 25. Ah, e gostava de ver neve como nos filmes americanos e nunca vejo!
26 de novembro de 2013
A governação em 4 parágrafos:
A actual interpretação de equidade é simples. O que existir
de pior no sector privado ou público, é para ser aplicado num ou noutro. Esta é
a estratégia.
A táctica segue-se depois. Propor essas medidas de
austeridade em leis sucessivas e desafiantes à Constituição e despeja-las em
catadupa no Tribunal Constitucional até que, após constantes pressões internas
e internacionais, algumas vão passando.
Entretanto, com a ajuda dos inocentes e incautos portugueses,
lança-se uma campanha de guerrilha entre sector privado e público para que uns,
aplaudam os cortes e as violações dos direitos dos outros, aplausos esses que só
se silenciam, quando finalmente descobrem que eles próprios, e em nome da
estratégia de equidade acima indicada, alinharão inevitavelmente pelos cortes e
violações de direitos dos outros.
Simples não? É a austeridade estúpido!
Nota Adicional: Não esquecer que esta mesma gente que acredita realmente neste caminho de mão-de-obra barata e qualificada, finalmente desprotegida, vergada ao poder da entidade patronal, e esperando ansiosamente por emprego escravo de uma qualquer multinacional chinesa ou angolana (ou alemã na menos má das hipóteses), não é cá de trabalhar muito nem nunca foi, e se porventura o fizeram alguma vez foi em nome de objectivos pessoais, como andar pelas sucursais das “Jotas” e respectivos Partidos a conspirar pela sua ascenção. Eventualmente lá se prestaram a estudar um bocadinho aos 40 anos (outros nem isso, como sabemos) e até se deslocaram uma vez ou outra à empresa onde entraram como Vogais ou Administradores (o primeiro emprego, finalmente), mas trabalhar que é bom, é para os outros, até porque a reforma já está aí à porta, generosa e plácida, assim larguem a governação deste país de tolos mansos.
Nota Adicional: Não esquecer que esta mesma gente que acredita realmente neste caminho de mão-de-obra barata e qualificada, finalmente desprotegida, vergada ao poder da entidade patronal, e esperando ansiosamente por emprego escravo de uma qualquer multinacional chinesa ou angolana (ou alemã na menos má das hipóteses), não é cá de trabalhar muito nem nunca foi, e se porventura o fizeram alguma vez foi em nome de objectivos pessoais, como andar pelas sucursais das “Jotas” e respectivos Partidos a conspirar pela sua ascenção. Eventualmente lá se prestaram a estudar um bocadinho aos 40 anos (outros nem isso, como sabemos) e até se deslocaram uma vez ou outra à empresa onde entraram como Vogais ou Administradores (o primeiro emprego, finalmente), mas trabalhar que é bom, é para os outros, até porque a reforma já está aí à porta, generosa e plácida, assim larguem a governação deste país de tolos mansos.
13 de novembro de 2013
Por que escrevo?
Ter a força para te dar força, ir
buscar à alma cansada, a alegria. Fazê-la aparecer, dar-ta a beber, mas não só,
fazê-la correr, transbordar, para que encha o teu cálice. Procurar saídas,
abrir portas e janelas, mostrar-te paisagens intocadas, sem sulcos de guerra,
sem feridas do Homem, apenas esperança, na forma de horizonte. Olhar o mar sem
sombras negras, sem vagas mortíferas, aniquiladoras, apenas reflexos solares, tranquilidade,
espuma dos sonhos. Aceitar o Céu, saber aceitar, respirar fundo, reordenar o
espirito, baralhar, soltar o coração e voltar a dar, voltar a sonhar.
Mas por que escrevo? Para quem? Angustio-me.
Porque não ris? Porque não brilham os teus olhos? Porque dormes acordada?
Porque estou assim, porque é assim. Resigno-me. Porque não é fácil, porque a rotina
dos dias fazem esquecer, porque nos fazem esmorecer. Não, debato-me. Será
diferente, não te apagues, não te entregues, não te feches nesse lugar. Vislumbro
por fim. Nenhuma montanha conquistarás, sem que antes a invejes, do fundo do vale,
nem será doce o fruto se não o conheceres amargo, nenhum luar te iluminará sem as
trevas da noite, nem sentirás tão doce a brisa, sem a quentura do meio-dia. Alegra-te
porque assim é, assim será para ti, o que vives é a antecipação do sonho, que por
momentos esqueceste.
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