28 de setembro de 2011

"Tobin" dos bosques

Taxa ‘Tobin’ renderá 55 mil milhões de euros por ano

Dá-lhes Barroso! Desta vez confesso que até me surpreendeste. Para mim, é inteiramente justo que a banca começe a pagar pela irresponsabilidade que tem demonstrado e que em última análise, criou os alicerçes para a gigantesca crise que nos assola. Neste contexto, destaco ainda esta passagem da mesma noticia: "Barroso lembrou que os "Estados empenharam 4,6 biliões de euros para resgatar o sector financeiro" que beneficia de "vantagens fiscais de aproximadamente 18 mil milhões de euros por ano com isenções de IVA nos serviços financeiros".

26 de setembro de 2011

Domingo Desportivo ou Zondag Sport?

The flying dutchmen...
O Sporting permitiu-me ver um jogo com relativa tranquilidade, sem chamar nomes a ninguém, sem dar palmadas no sofá e em mim próprio, sem espasmos e gritos de angústia e sem fumar um maço inteiro. Obrigado Sporting, saudades tuas (os meus vizinhos também agradecem).

Nota: Ouvi dizer que houve um empate simpático a Norte, mas isso agora não interessa nada.

23 de setembro de 2011

Bom fim-de-semana

Nota: A capacidade dos portugueses para se rirem das suas desgraças é de facto notável ...

21 de setembro de 2011

Emigrar?

A palavra ouve-se cada vez mais nas ruas e cafés, entre amigos, conhecidos e estranhos. Tornou-se quase um desabafo, um quebra-gelo na paragem do autocarro, o tema do almoço com as noticias em pano-de-fundo: "Dá vontade é de emigrar, saír daqui para fora". Pelos vistos a palavra, tão mais fácil de dizer do que fazer, como sabemos, até está a acontecer, de forma crescente e diversificada. Também eu sinto a presença desta ideia, avalio-lhe os contornos, peso-lhe os prós e contras, considero o que faria se a oportunidade surgisse, mas em consciência, não a procuro activamente.

Face à questão, há uma dezena de "porque nãos", mas há, no minimo, um igual numero de obstáculos que se erguem. A familia, os amigos, os hábitos, o país enraízado, a estabilidade profissional (para quem a tem), etc...Por outro lado uma pessoa olha para o país e sente que a austeridade veio para ficar por muito tempo, sente que não tem emprego ou tem a carreira congelada, vê a qualidade de vida a fugir de mãos dadas com o poder de compra, sente a garra fiscal em todas as esquinas e vê-se rodeado de impostores que governam mal e sem qualquer responsabilização. O português deprime-se, muito antes de em último caso, passar fome.

Só por exemplo, hoje ouvi sobre o crescimento exponencial da emigração para o Brasil, mas estou certo que muitos vão para os mais diversos países sem qualificações, de mãos-a-abanar e sem contactos sérios que os auxiliem na integração. Calculo que muitos voltarão assim que alguém lhes pague o voo de volta. Também existe a emigração de gente qualificada e que até tinha um emprego em Portugal (voltando ao Brasil, pelo que sei,  só o processo de reconhecimento de qualificações e habilitações equiparadas, leva praticamente um ano ou mais) mas depois vem a desadaptação, o salário que afinal não é assim tanto num país a inflacionar, o patrão que nos trata como trabalhadores de 2.ª, a saudade das pessoas que afinal eram mais importantes do que pensávamos, etc...Mas também temos o reverso, a adaptação favorável ao país, vencer, crescer como pessoa, conhecer novas mentalidades, sociabilizar e até casar, constitur familia e pensar que aquela decisão foi a melhor coisa da nossa vida. Enfim, eu não sou pessoa de acreditar em "el dorados", talvez seja céptico, como já me chamaram, mas também não consigo pôr de lado uma carta do baralho que mesmo parecendo baixa, até se pode revelar como o trunfo que dá a vasa vencedora. Todos nós conheceremos pessoas que foram e voltaram, que ainda lá estão e não sabem se voltam, que querem voltar mas ainda lá estão e assim temos de tudo. Da minha parte penso nisso sim, mas talvez só uma hipótese real me fizesse realmente vacilar e perceber o que quero.

14 de setembro de 2011

Reentré (actualizado)

Depois de umas férias mais ou menos prolongadas, este fim-de-semana, se tudo correr bem, volto ao estúdio (que é uma maneira profissional para descrever a casa do meu parceiro Miguel Oliveira). A ideia é "só" tentar cantar tudo novamente.

Confesso o meu nervosismo mas é esta a tarefa que me espera quando pensava que tinha cantado tudo o que havia para cantar. A verdade é que esta malta não respeita o artista de maneira nenhuma.

De qualquer modo, o máximo que posso prometer é trabalho para conquistar a galera ;)


Actualização: Devo dizer-vos que a coisa até correu bastante bem. Estou satisfeito com o resultado e até deu para gravar mais uma canção nova (é segredo). Agora podemos passar para uma fase mais de pós-produção, mais arranjo aqui, menos arranjo ali e a coisa lá ficará. Mas atenção, há ainda muito trabalho a fazer, embora a aposta seja para que antes do Natal, já possamos ter algo definitivo para toda a gente ouvir. A proposta para o nome da banda é agora, "NO RAIN", uma vez que Foreplay e Forecast já estavam "ocupados".


13 de setembro de 2011

Acho que me vou deitar mais tarde hoje...


FEATURED MATCHES
Pop Out
N.Djokovic(1)
ARTHUR ASHE STADIUM - MEN'S SINGLES - F
15
6
6
63
0
Last Serve Speed: 127 km/h
Points
1
2
3
4
5
15
2
4
77
0
R.Nadal(2)
1 of 1


0h50m em Portugal. Rafael Nadal já morreu e ressuscitou 10 vezes contra o melhor Djokovic de sempre, simplesmente incrível. Na sala ali ao lado, um jogo electrizante e jogado a um nível que não me lembro de alguma vez ter visto...ups, os touros já voltaram à arena, tenho que ir, boa-noite... 

11 de setembro de 2011

Contra os ladrões, marchar, marchar!!!

Confesso que já me faltam adjectivos para qualificar o que se passa no futebol português. Perceber as facilidades que se proporcionam a alguns e as dificuldades que se criam a outros é, neste momento, tão evidente, que não preciso de grandes considerações. 

Os homens de preto perderam a vergonha, saíram do armário (lembram-se deste post?) e agora vale mesmo tudo. Que fique claro, concordo com um amigo meu quando alvitrou que o Sporting devia ter-se retirado do campo logo aos 4 minutos de jogo, porque só uma coisa deste género poderia criar algum impacto. É preciso tomar uma posição clara e inequívoca em relação à arbitragem. Entretanto, resta-nos marchar neste campo minado e tentar construir uma nova equipa com o mínimo de baixas possível. Força Sporting!

9 de setembro de 2011

Um Circo chamado FPF

Pelo que se tem visto, a luta pela cadeira do poder na FPF é merecedora de pelo menos um capitulo em qualquer futuro manual de ciência politica. Não se enganem com o facto de se tratarem de coisas da bola e tal, isto é politica a sério e de alto nivel, até pela inevitável mesquinhez que encerra e o apetecido prémio que a faz mover. Falamos de poder claro, de controlo de áreas como o Conselho de Arbitragem, de Disciplina e afins e da importância que daí advém para se sobreviver ou vencer nesta lama que é o futebol português.

Em dias, passámos pelo suposto apoio do Porto, Braga, Nacional da Madeira e habituais aliados a Filipe Soares Franco (sim, o ex-presidente do Sporting, imagine-se) e pelo acordo entre Sporting e Benfica por Fernando Seara, até ao apoio a Fernando Gomes por suposta unanimidade (palavras de Pinto da Costa, claro) dos clubes de futebol profissional. O Sporting diz entretanto, e bem, em meu entender, que nem uma coisa nem outra, que prefere Herminio Loureiro. O Benfica não se pronuncia e não acredito que esteja no rol de clubes que apoia Fernando Gomes. A somar à confusão ainda se fala da possibilidade de candidatura de fósseis como Madaíl e Amândio de Carvalho...enfim, uma salganhada de jogadas e estratégias, de candidatos a candidatos, de apoios que afinal não existem, etc...no fundo, uma mescla de palhaços, contorcionistas, trapezistas, ilusionistas e feras amestradas que fariam inveja ao Victor Hugo Cardinali.

Pelo pouco que percebo e apurei, as associações de futebol têm direito a cerca de 30 votos, enquanto que os clubes terão 20. Depois temos os representantes da arbitragem, dos médicos, dos jogadores, etc, que ficarão com os restantes votos até um total de 84 (correspondendo ao total de delegados com direito a voto). Daqui se percebe que os votos dos clubes e associações juntos dariam para eleger um presidente. Mas fica uma ressalva que ajuda ainda mais às jogadas de bastidores: O voto é secreto e por isso imprevisivel, não é liquido que alguém que diga públicamente que apoia fulano, não venha depois votar em sicrano. Espetacular não?

Nota: Se encontrar informação sobre o peso exacto dos votos por entidade depois actualizo.

8 de setembro de 2011

O miúdo e o graúdo

Lembram-se da rábula dos miúdos e graúdos entre Villas-Boas e Jesus? Neste caso em particular não há dúvida que uns parecem os outros e os outros parecem aqueles, confusos? Talvez a foto ajude...


Cristiano medió entre Pepe y Carvalho / JOSÉ A. GARCÍA (MARCA)

6 de setembro de 2011

Tudo em familia...

Nada como voltar de férias para enfrentar o mundo real. Para além do regresso ao trabalho, é sempre duro passar de um bom livro e das revistas de palavras cruzadas para a triste realidade que são as noticias sobre o país e os suspeitos do costume. É claro que a minha vida seria certamente mais fácil se eu tivesse uns tios e uns primos bué da ricos sempre a meu lado, mas não é o caso. Já agora, e vocês, têm ideia assim por alto de quanto é que os vossos tios costumam movimentar em offshores? É que estes movimentam dinheiro pra caraças...

"383 milhões em offshores - Empresa criada em 2000 no paraíso fiscal de Gibraltar movimentou autênticas fortunas. Gestores são tio, tia e primos do ex-primeiro-ministro " in Correio da Manhã

Nota: Já sei, já sei o que estão a pensar, mas eu juro que não queria voltar a esta personagem. A questão é que um homem liga o rádio do carro, faz-se à IC19 e...lá está ele de volta, epá, não dá para ignorar...