Entre várias medidas temos menos feriados e férias, isto é, quatro feriados, dois religiosos e dois civis, e os três dias de férias por assiduidade. Faz sentido sim senhor, depois de nos tirarem carreira, progressão e salário, nada como ir ao nosso descanso que isto é tudo uma cambada de preguiçosos (eles nem têm dinheiro para gastar em férias, de qualquer modo...). É claro que depois virão as excepções, nos bancos é porque não se pode mexer no contrato de trabalho, na CGD também não pode ser, na TAP e PT não vai dar, no Banco de Portugal nem pensar nisso, etc...Parece-me a a mim que o 25 de Abril foi demasiado brando, sinceramente, é que a malta que governa não tem medo de nada...e tem razões para isso.
O que eu receio realmente é que os pequenos passos que nos permitiram conquistar determinados direitos em prol da qualidade de vida, em oposição à idade das trevas laboral que vinha de tempos idos e que continua a existir em países como a China ou a India, estejam agora a ser dados em sentido inverso. O ultraliberalismo é tão perigoso como o ultrasocialismo, ou comunismo, atenção. É que o pior disto tudo é perceber que os sacrificios não são iguais para todos, é perceber que há uns quantos a enriquecer e toda uma sociedade em geral a empobrecer, é perceber que o dinheiro de alguns, ganho ilicitamente ou especulativamente, posto a salvo de impostos e lavado em qualquer clubezeco de futebol ou agremiação similar, chegava e sobrava para pagar esta crise...