30 de junho de 2011

Fazendo a mala...e um balanço semestral

Carissimos e respeitados amigos, estou naquela fase de "counting out time" para trocar a rotina anual pela praia, mar e Sol. São 15 dias só para mim e minha princesa que se esperam longos e bem passados. Mas como sei que passam mais rápido do que se quer, é aproveitar ao máximo. Carpe Diem, pois.

Rumo ao Algarve este Sábado e por lá ficarei até 4.ª feira, dia 06/07, depois vou de visita a nuestros hermanos para Punta Umbria até dia 16/07, destino que o caro A, sempre preocupado com o bem-estar de seu irmão, aconselhou. Da minha parte, aposto que vai ser bestial.


1 - Quanto a músicas a coisa vai bem encaminhada. Apesar de ter dado poucas noticias e actualizações à caixinha ali do lado (estratégia de marketing, claramente) já se contabilizam 12 (!) modinhas gravadas e quase prontas para escrutínio. As últimas chamam-se "Room that Spins Around", "Story Teller" e "Fall". Este ano de 2011 viu crescer esta vontade, quase do nada, quando me reencontrei com o Miguel Oliveira. Sem o entusiasmo e crença dele e obviamente, do Xô Leite, nem uma canção estaria gravada. Redescobri o prazer de compor, e de cantar e tocar novamente as canções que já fazem parte de mim. Tenham paciência (mais um bocadinho ainda) porque afinal isto é a silly-season e aguardam-se desenvolvimentos para depois. Aínda andamos no drama de escolher o nome para a banda, falou-se em coisas à volta de CHANGE ou CHOICE, ou TRAVEL (mas o Miguel acha que é nome de agência de viagens)...enfim, vão dizendo de vossa justiça, uma ajuda é sempre bem-vinda...

2 - Eu juro que queria sair de fininho antes de falar em politica mas as más noticias estão aí, com o corte de 50% no Subsidio de Natal. A diferença para já, é que desta vez toca mesmo a todos. Antes de começarmos a esquecer o que nos trouxe aqui (porque vai acontecer para muita gente), deixo uma lembrança, com os cumprimentos da anterior gerência : "O défice orçamental no primeiro trimestre caiu muito menos do que se andou a anunciar, mostra o INE. Pressão sobre o país aumenta (...) O défice orçamental das administrações públicas atingiu 7,7% do PIB nos primeiros três meses do ano, um valor distante da meta de 5,9% assumida com a troika e que produz pressão adicional sobre a execução do Orçamento do Estado."  Mas enfim, é certo que temos que olhar para a frente e viver com isto, da minha parte não perdoarei este novo executivo se não apresentar resultados face aos novos sacrifícios que se exigem. Na verdade, o que nós todos temos que começar a fazer é isso mesmo, qual o objectivo para tal custo nas nossas vidas, qual o prazo e qual o resultado, e é sobre este prisma que este e futuros governos deverão ser julgados (a palavra julgado em vez de avaliado não é inocente). Olhemos para a frente pois, com sentido critico e esperança.

3 - Entretanto espero ter noticias boas do meu Sporting, nomeadamente quanto a contratações. Vou relativamente descansado porque acho que finalmente, se está a trabalhar com profissionalismo para aqueles lados. Também isto será avaliado em breve...

Nota: Tentarei passar por esta casa sempre que tiver oportunidade, não deixem de conviver por aqui, nem que seja a trocar cumprimentos e galhardetes uns com os outros :) 

27 de junho de 2011

Increíble, sim...

Ontem assisti em directo à descida histórica do River Plate. Confesso que não consegui ficar indiferente ao facto e à reacção dos jogadores e dos adeptos. Foi demasiado penoso assistir às lágrimas e incredulidade geral quando o jogo foi interrompido e dado como terminado, já depois dos 90 minutos, devido à violência que se gerou no estádio.

O futebol ficou mais pobre e Buenos Aires ficou em chamas com a revolta que se prolongou pelas ruas. Fiquei a pensar se queria que isto acontecesse a algum dos rivais, Benfica ou Porto. Decidi que não, que não queria...

22 de junho de 2011

(Des)romantizar o futebol...

O futebol evoluiu para outros patamares, uns melhores, outros piores. Como adepto comum destaco pelo menos dois aspectos negativos: Constatar a lenta e gradual desconstrução do ideal romântico que associava a atletas, técnicos e dirigentes "da casa", salvo honrosas excepções, e por outro lado (certamente como causa directa), observar a lenta e gradual construção de super-potências financeiras que distribuem propostas "irrecusáveis" como se fossem amendoins...Quanto aos aspectos positivos há bastantes e eu sei que os há, mas assim de repente, não pensei em nenhum...

18 de junho de 2011

A esperança é verde...

Há pelo menos um pormenor diferente este ano: Os jornais andam à nora com as contratações do Sporting, só "acordam" para as anunciar, o que é bom sinal obviamente. Quanto à valia das mesmas resta esperar ou especular. Venha a bola que eu sou um caso perdido e já estou com saudades de ver aquelas camisolas lindas a entrar em campo...

Equipamento Sporting 2011/12
Nota: Hoje joga-se mais um jogo da final de Futsal, o adversário é muito forte e por isso temos que mostrar os valores que fazem do Sporting o melhor clube do mundo, Esforço, Dedicação, Devoção e Glória.

ACTUALIZAÇÃO: Vitória épica no Futsal, não é para qualquer um despachar uma final com 3 vitórias seguidas, duas delas em casa do adversário. Para quem tivesse dúvidas, o Sporting renova o titulo de forma peremptória e só lhe faltou mesmo ganhar a final da Champions este ano, bravo!!!

14 de junho de 2011

Nós portugueses...

Estive na praia nos últimos 4 dias. Ponto assente, ainda não são férias, só um fim-de-semana prolongado que eu decidi estender por mais 2 dias (já percebem a necessidade de o explicar mais à frente). Olho para o extenso areal da Costa da Caparica e vejo as pessoas aparentemente felizes, calmas, sozinhas, com companheiros, família ou filhos. Vejo-as ali e sinto paz, calma, alegria, enfim, sinto boas vibrações, de um modo geral, vejo um povo que dá cartas e ensina aos outros a gozar o Sol, o Mar, o petisco, o marisco, a sardinha, a imperial, a partilha pois, as pequenas coisas tão próprias deste território que nos aliviam da espécie de terror que nos assola numa 2.ª feira de trabalho.

Sempre achei graça às piadas dos portugueses sobre as férias dos outros. Brincamos que alguém está sempre de férias, mas na verdade é como se temessemos que tenham mais férias que nós,  mandamos uma “boca” ao felizardo, meio a sério, meio a brincar, nem maldosa, nem inocente, o que é tão contraditório como intrinsecamente português. Já alguém sentiu uma espécie de culpa quando pede ou vai de férias a dada altura? Eu já. Nós portugueses estamos sempre preocupados em mostrar que trabalhamos muito (e até pode ser verdade), mas na realidade sonhamos com uma pausa que não é mais que um direito ratificado em contrato, tão inevitável como as horas de trabalho e a remuneração que lhe corresponde. Sonhamos com algo que faz parte de nós e repito-me, o Sol, o Mar, o petisco, o marisco, a sardinha, a imperial, a partilha orgulhosa de tudo isto e que exporta mais como imagem antifriã do que todos os nossos embaixadores juntos.

Li um artigo recente sobre um inglês que vive em Portugal há mais de 20 anos e escreveu um livro sobre nós (googlem se quiserem). Parece que até tem uma imagem positiva, simpática, empática, e que às páginas tantas se sai com algo do género: se os portugueses se querem comparar com os padrões ultra-eficientes dos alemães e nórdicos em geral, têm que estar preparados para começar a trabalhar às 8h, acabarem às 18h e estarem na cama às 21h. Termina dizendo que se assim for, se vai embora daqui. Enaltece ainda algo de que todos falamos mas que só é valorizado lá fora, o tipico “desenrascanço”, a capacidade inventiva, a coragem quando não vemos saída.

Que povo é este? Tão contido e polido por vezes, que parece dar a ares de mais europeu do que os europeus, que parece sofrer por ser ele próprio. Quem elegemos nós para nos governar? Quem parece sofrer destes complexos em doses maiores do que nós, que os elegemos? A que aspiramos? Porque fingimos estar ao telémovel quando estamos sozinhos, porque não assumimos esta vocação para sabermos receber, falar a lingua dos outros nem que seja quando um japonês nos pergunta pelo eléctrico para a Graça. Quem nos ensinou a ser assim, tristonhos e envergonhados de querer gozar a vida como só nós sabemos (admirando os brasileiros por o fazerem melhor que nós)?

Milhares de perguntas deste género teria eu mas confesso-vos que poucas ou nenhumas respostas tenho, ou não fosse eu por condição, profunda, orgullhosa e convictamente português…

13 de junho de 2011

O fim da ilusão

Ouvir Medina Carreira é para mim um exercício de realismo (para alguns negativismo) humorado. Em minha opinião, este senhor tem algo muito raro neste país: é pragmático, chama os bois pelos nomes e explica com simplicidade o seu ponto de vista. Acrescenta a tudo isto uma espécie de humor negro que me põe a rir perante o quadro cáustico que desenha. É quase rir para não chorar, entendem? Tenho a certeza que muitos não gostarão dele, mas a mim sempre me agradaram personagens pouco consensuais e parece-me pessoa séria, o que não é nada de deitar fora nos tempos actuais. A verdade é que já há muito que o ouvia avisar para o desastre que agora é real para todos, e assim revelou-se consistente, no mínimo.

Arriscar-me-ia a dizer que este senhor de 80 anos, fiscalista reconhecido e ex-Ministro das Finanças de Mário Soares que saiu pelo seu pé por não concordar com a politica económica entretanto seguida, até poderia ser alguém a ter por perto do Governo nos tempos actuais, não? É uma mera suposição, não sei...

Nota: Acabou de lançar o livro que está na imagem. Talvez não seja uma daquelas leituras optimistas para levar para a Costa da Caparica ou para o Algarve, mas despertou-me curiosidade.

10 de junho de 2011

Qualquer coisa estou na praia...


Descapotável pela ponte com o cabelo a voar
O calor abrasador e a pressa de chegar
Óculos escuros da Ray-Ban e o cantante a partir
A K-7 dos Ramones para a gente curtir

Aqui vou eu para a Costa
Aqui vou eu cheio de pica
De Lisboa vou fugir
Vou pró Sol da Caparica (2x)

Abancado na esplanada mesmo à beira do mar
A cerveja na mesa para refrescar
Ao longo das praias sob o Sol de Verão
As miúdas da Costa são uma tentação

Por isso vou para a costa
Por isso vou cheio de pinta
Viro costas a Lisboa
Vou pró sol da Caparica (2x)

E assim vamos gozando as ferias de Verão
Tenho o sol da caparica mesmo aqui à mao

Aqui vou eu
Aqui vou eu
De Lisboa vou fugir
Vou para o Sol da Caparica (2x)

Aqui vou eu para a Costa
Aqui vou eu cheio de pica
De Lisboa vou fugir
Vou pró Sol da Caparica (2x)

De Lisboa vou fugir
Vou pró Sol da Caparica (2x) 

6 de junho de 2011

E agora?

Agora é olhar para o que temos e aguentar as cacetadas que inevitavelmente chegarão. O mal estava feito, agora é tentar resolver. Eu já estou habituado a ser alvo preferencial por via da profissão (a que se soma a circunstância de ser meramente cidadão) mas não vejo como resolver a embrulhada sem os habituais sacrificios sobre sacrificios.  O que eu queria era saber se por uma vez valerá a pena fazê-los, sentir que serviram para alguma coisa.

É triste ver chegar o país a isto e espero sinceramente que apareça alguém responsável na recentissima oposição. É uma oportunidade também para o PS. Cabe-lhes fazer os possiveis, criar mecanismos, procurar maneiras de impedir que individuos tão sem escrúpulos como este ex-primeiro-ministro, possam trepar pela estrutura do partido com tanta facilidade. São precisos, mais do que nunca, politicos responsáveis e sérios, a antitese portanto do pseudo-engenheiro que se demitiu ontem para, nas suas palavras, gozar "os dias felizes que tenho à minha frente". Pois...

5 de junho de 2011

Contra os canhões, votar, votar...

Vamos lá pessoal, vamos combater a preguiça e votar, este país precisa de toda a gente e a abstenção é uma vergonha.

Exerçam o vosso direito, ou dever, legitimem a vossa posição, mesmo se acharem que não têm por onde escolher...

Nota: Da minha parte está feito, esperemos agora pelo mal menor...