25 de agosto de 2011

A tocar...

Bon Iver "Bon Iver" - Já aqui tinha falado deste músico e do maravilhoso disco de estreia "For Emma, forever ago". Vencer o obstáculo do 2.º álbum depois de um 1.º que chamou a atenção e a admiração de muita gente não é para todos, agora, fazê-lo com esta competência é só mesmo para alguns. As canções "Towers" e "Calgary" são duas pérolas num conjunto de canções belíssimas. Este álbum é mais orquestrado que o 1.º mas curiosamente, nunca perde o tom intimista e melancólico com que Justin Vernon (ou Bon Iver como queiram) nos brinda sistematicamente. A bonita capa não podia ser mais emblemática da sua atmosfera. Para ouvir e ouvir, no Verão e pelo Inverno dentro.


You can't win Charlie Brown "Chromatic" - O nome da banda parece já antecipar a originalidade e a surpresa que aí vem. Foi o meu irmão que me chamou a atenção para eles e acertou em cheio. Já faz parte das minhas audições mais recorrentes do último mês. É uma espécie de rock sinfónico misturado com folk e indie e é nesta salada "cromática" (como o nome parece indicar) que encontramos um disco com principio, meio e fim, todo ele espectacularmente cantado e orquestrado. A verdade é que no conjunto, é um daqueles álbuns que qualquer artista gostaria de ter feito. Mas a maior surpresa ainda está para vir: Eles são portugueses, coisa em que ninguém acreditaria se não lhes dissessem. Não quer isto dizer que não existam talentos portugueses a cantar em inglês. O que eu nunca tinha ouvido por cá era esta qualidade e este estilo de música alternativa. Muito Bom!

Procurem-nos no You Tube e afins e divirtam-se...

23 de agosto de 2011

Olá mano, que tens feito?

Viver

Hoje quero falar, quero dizer o que vivi, o que vivo,
Quero contar-vos como cresci, quem fomos e quem somos,
Eu não estou morto, eu tenho voz, quero dizer-vos quem sou,

Não estou esquecido, eu sou nome, sou  gente, sou vida,
Eu canto, eu toco e eu sinto, e há mesmo tudo o que acham que existe,
Não há fim nem inicio, há tudo de novo e melhor, …

Há coisas maiores, que vos guardo daqui,
Na hora mais triste, mesmo em  noite sem lua,
Nâo há chegada, não há partida , não  há senão vida …

Quero falar, quero gritar, quero falar-vos de mim, de quem sou,
Que lembro os meus pais, que sou fruto de alguém,
Que tenho irmãos também, neles sou espelho, sou amor,

Eu sou protegido, eu sou de levar a sério, sou pessoa,
Eu tenho memória e há memória de mim, não há fim,
Estou vivo e sou vida, sou nascente e poente, sou gente…

E há coisas maiores, que vos guardo daqui,
Na hora mais triste, mesmo em  noite sem lua,
Nâo há chegada, não há partida , não  há senão vida …

Quero falar, quero dizer de uma vez “não adianta chorar”,
Eu acredito em ti, acredita em mim,
Há mais estrelas e mundos, há mais ondas e mar,

Quero explicar em segredo a quem gosta de mim,
Que o mundo é assim, que eu estou aqui,
Que não tenham saudades porque eu nunca parti…




...Para ti mano, e bem vistas as coisas, para todos nós ...Sempre contigo, Filipe

20 de agosto de 2011

Esqueletos saindo do armário...

Conhecem este senhor? Eu também não, mas passei a conhecer ontem, quando apitava mais um penalti para o F.C. Porto. Aprofundando um pouco mais o conhecimento cheguei aqui. Pois é,  este senhor vem de uma suspensão de 20 meses confirmada pelo Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, no âmbito do processo Apito Dourado, tendo retomado ao 1.º escalão de forma auspiciosa. Saiu do armário e aí está...


E aquele ali à direita conhecem? Eu sim, infelizmente. Chama-se João "pode ser esse" Ferreira e tem feito muito mal ao Sporting (mão de Ronnie só assim de repente). Recusou-se a apitar-nos em Aveiro. Acho bem, só lamento que não seja acompanhado por todos os outros companheiros de "profissão". Se tal acontecesse, talvez esta liga da treta parasse de vez e se pensasse numa limpeza geral, em começar do zero. A APAF, tantas vezes silenciosa (como no relativamente recente ciclone benfiquista depois de uma arbitragem de Xistra - aí está ele novamente - em Guimarães), também decidiu agora sair do armário, defendendo este seu associado por se sentir condicionado por noticias (noticias, são palavras do comunicado) que precederam a sua nomeação. Veremos em que jogos se sentirá João Ferreira mais confortável ou menos condicionado. De qualquer modo, deve-se ter enganado na vocação de ajuizador, a esses, pede-se-lhes precisamente coragem, imparcialidade e incondicionalidade. Entretanto Proença foi agredido mas já aí está, certamente com dentes novos. Xistra foi encostado por um fim-de-semana, foi "protegido", como eles dizem. Voltará em breve como se nada fosse, claro, o armário não é de os ter por lá muito tempo.


Nota: O Sporting, que foi pioneiro na identificação e combate ao Sistema estagnou nesta luta, achou que os tribunais fariam o resto e as consequências do "apito dourado" estão à vista (ou não estão). Desde aí, ficou demasiado passivo quanto a este assunto, muito por culpa dos presidentes fraquissimos que entretanto por lá passaram. Tem sido gozado mesmo em sua casa e finalmente alguém disse "basta". Não quero que proíba os seus adeptos de irem aos estádios ou envie dvd's nem nada parecido, mas concordo com o direito à indignação aliada à apresentação pro activa de soluções. Foi o que fez agora, juntando um documento com novos caminhos e sugestões para a arbitragem que deveria merecer consideração de todos os agentes, nomeadamente dos clubes que não estejam contentes com o Xistrema. Resta saber se a transparência, mais rigor nas avaliações e o profissionalismo e suas implicações, interessará a todos. É que há muitos que nem querem meios técnicos de auxilio, eles querem mesmo é poder errar. Pois... 

18 de agosto de 2011

Messilona Vs RonalMadrid


A fotografia abaixo tem como fundo mais um derby inter-galáctico e serve para gáudio dos catalães. Serve também para argumento deste texto. Nunca como hoje, tivemos acesso a tanta informação e de forma tão automática, mas paradoxalmente (ou por via disso), consumimo-la quase sempre em pequenas doses instantâneas e debruadas a néon. Isto acontece porque dificilmente encontramos tempo ou paciência para esmiuçar os assuntos e os media sabem-no melhor que ninguém. Assim, concorrem ferozmente entre si pela melhor frase a bold ou pela melhor imagem, por outras palavras, pelo melhor produto de consumo imediato (a famosa chiclete dos Táxi).

Uma das melhores imagens da madrugada (sim, o jogo começou às 23h e acabou à 1h da manhã locais) é certamente a aqui apresentada, e para além de ser irritantemente previsível (“vi-a” a sair nas bancas assim que assisti ao lance em directo), condensa numa pergunta a discussão mais antiga do mundo (não a profissão): Quem é melhor que quem. Neste caso Messi ou Ronaldo, não necessariamente por esta ordem. A minha opinião é o tradicional “não sei”, "são jogadores diferentes", "jogam em equipas diferentes" e até "ocupam posições diferentes". Não sendo possível ver uma espécie de luta de boxe entre os dois com bolas a fazer de luvas é realmente difícil dizer. A verdade é que não são jogadores parecidos senão na genialidade. Dizer que Messi saiu normalmente vencedor nos jogos entre a sua equipa e a de Ronaldo não adianta, é o mesmo que dizer que Xavi ou Iniesta saíram vencedores sobre Alonso e Ozil, ou Valdez sobre Casillas, ou em última análise, o Barcelona sobre o Real Madrid (e os outros todos já agora), isso já nós sabemos.

Uma coisa é certa, o Barcelona é (ainda) mais equipa que o Real (aliás, há ali equipa para mais de uma década) e isso beneficia em muito Messi, que é apoiado por companheiros hiper-talentosos e que têm a vantagem adicional de jogar juntos e de olhos fechados há anos, tanto no clube como na selecção espanhola campeã da Europa e do Mundo. Ronaldo tem companheiros hiper-talentosos mas sem o entrosamento que trazem os anos e a convivência a nível de Selecção, de país e de cultura. Parece invariavelmente muito mais solitário quando se trata de carregar a camisola que enverga. Para além disso, há ali coisas naquele fabuloso futebol do Barcelona e de Messi que me chateiam, que não me deixam aproveitá-lo na sua plenitude e beleza estonteante. Primeiro, ganham sempre, ou quase, facto que só ao Sporting eu toleraria. Segundo, parecem-me uns sonsos de primeira, são teatrais, chorões e gozam de uma protecção que não se vê em mais lado nenhum, com Messi à cabeça. Só ontem e em poucos minutos, Messi aproveita uma bola vinda do público para a chutar para o lugar onde o jogo decorria, chuta uma bola para fora ostensivamente em protesto e atira outra para longe do lugar de uma falta sem que o árbitro sequer lhe abrisse os olhos em jeito de aviso. Ronaldo, claro está, já tinha levado um amarelo no meio de um cacho de jogadores que protestavam.

Para finalizar e ilustrar o argumento inicial, isto é, a questão das aparências e das mensagens fáceis, a interpretação da foto é tão imediata como dúbia, para mim, que vi o jogo com atenção, mostra Ronaldo, depois de ter marcado o seu centésimo golo pelo Real Madrid em 2 anos, depois de ter mandado um tiraço ao poste da baliza do Barcelona e depois de correr quilómetros e ter feito assistências para golo não aproveitadas, a vir em auxilio da sua defesa, como se de um central se tratasse, na tentativa vã de evitar o golo de Messi. Não consta que Messi tenha sido captado pelas objectivas em acção semelhante…

Nota: Apesar de não conseguir assegurar quem é o melhor, tomo partido e tenho a minha preferência, claro, só espero é que ainda não tenham percebido. O quê, já toparam? Então que se lixe. Por estas e outras razões eu prefiro Ronaldo, que até é português e formado no Sporting, além disso, no mano-a-mano, mandava o cabrão do anão choramingas argentino ao tapete no 1.º round!

15 de agosto de 2011

Domingo Desportivo

Só me ocorre uma pergunta: O Porto já está na frente? Normal, aliás, tudo demasiado normal...Bem-vindos à Liga Portuguesa 2011/2012.

Nota: Ah, mas a bola sempre é mais bonita...

10 de agosto de 2011

Bolas, bolas e...

...Bolas! pelo menos algo já melhorou garantidamente na nova temporada futebolistica portuguesa....

A nova Speedceel mostrou-se bem-disposta e acedeu amavelmente
a deixar-se fotografar. Escolheu-se para o efeito um local onde
 se sente em casa, o seu habitat natural.
Apresenta-se a nova bola da Adidas "Speedcell", infinitamente mais bonita que aquela Jabulani vermelha ou cor-de-burro-quando-foge que nos impingiram na época passada. Para ver em Alta-definição a rolar, a ser pontapeada e a beijar as malhas (os postes, no caso de Postiga) ao vivo ou num canal de televisão perto de si.

5 de agosto de 2011

A CMVM para tótós...

Surge este assunto na sequência do post anterior e de uma conversa que tinha ontem com o "A" antes de um excelente e saudável confronto de ténis. Na verdade, é um tema que me tem suscitado dúvidas há vários anos e prende-se com o verdadeiro papel da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e muito especialmente com o seu âmbito, abrangência e capacidade de actuação. Assim, retirei do site oficial que "A CMVM é um organismo público independente, com autonomia administrativa e financeira". Afirmam ainda que a sua actuação tem vertentes de supervisão, regulação, cooperação e promoção do mercado e elegem uma prioridade: a protecção dos investidores. A supervisão que exercem consiste, entre outras coisas, no acompanhamento permanente da actuação das pessoas ou entidades que intervêm no mercado de capitais com o objectivo de detectar actos ilícitos, nomeadamente na negociação em bolsa, na fiscalização do cumprimento de regras e na detecção de infracções e respectiva punição dos infractores com aplicação de coimas.

Ora, a questão que aqui me oferece dúvidas é a muitas vezes argumentada capa de legalidade e transparência que a CMVM parece conferir a todas as entidades cotadas e suas operações. Já não falo da falibildade humana e de qualquer instituição avaliadora, que sabemos ser frequente (vide exemplo das agências de rating e as falências nos EUA), mas antes de um erro de interpretação (meu e de muita gente) quanto à verdadeira missão e área de actuação daquela comissão. Como eu não imagino a CMVM como um conjunto de fiscais e inspectores internos e externos, calculo que quando dizem supervisionar actos ilicitos e infracções, estes se restringem a normas a cumprir conforme os regulamentos da bolsa. Quero dizer com isto que não os estou a ver a fazer de "policias" no sentido de auditar todas as empresas e seus resultados ou de saberem se há capitais ilicitos, se há transacções suspeitas de branqueamento, etc (imaginem a estrutura gigantesca que ali estaria). Resumindo, não o fazem porque não querem ou porque não são capazes, mas porque simplesmente estas matérias policiais ou fiscais não são da sua competência. Podemos nós exigir à CMVM o garante da legalidade e transparência de qualquer sociedade cotada na bolsa e poderá a CMVM ser arremessada como argumento de tais virtudes em qualquer conversa que envolva mais ou menos desconfianças? Eu penso que não, mas gostava imenso de obter mais esclarecimentos sobre isto. Eu, quando não sei, admito e gosto de saber, por isso abro o debate...

Nota: A colaboração de Xô Leite sobre este tema era preciosa, mas não há obrigação nem pressa...
Nota2 (actualização): O que eu gostava de conhecer era um pouco mais sobre o funcionamento da CMVM, o que faz, o que supervisiona exactamente, como faz e quais os limites e obstáculos à sua actuação. Como nunca trabalhei lá e conheço pouco sobre o mundo da bolsa queria perceber o que é este organismo público e independente e até que ponto pode certificar a actividade de uma empresa. Daí a questão formulada.


2 de agosto de 2011

A incrivel valorização aviária Vs Cobrador do fraque...

É uma história quase comovente, o Benfica vende Roberto por 8,6 M€ ao Saragoça depois de o comprar há um ano ao Atletico Madrid por 8,5 M€ e pasma o mundo, benfiquistas inclusivé (os que ainda vivem neste mundo e que pensam pelas suas cabeças, claro). Surpreendente? Claro que sim, ainda mais quando este mesmo Saragoça, onde Roberto jogou por empréstimo, resolveu, depois de um ano horribilis deste no Benfica, que agora sim, valia a pena exercer a compra do jogador pelo mesmo valor (que não tinha ou não quis dar) e ainda pagar mais 100.000 euritos. É como se Roberto se tivesse valorizado à razão de 5.000 euros o frango, preconizando nada mais nada menos do que uma tendência que contraria todas as leis de mercado e que faria corar qualquer Nobel da Economia. Estranho? Vendo bem talvez não, afinal, depois da sua aquisição pelo Benfica pelos valores "declarados" tudo isto parece banal. Dando de barato que estes espanhóis do Saragoça serão ligeiramente propensos ao papel de otários e ceguinhos, até se pode dar o caso de estarem em melhores condições financeiras que há um ano e que mandem lixar uma oferta piedosa que o Benfica aceitaria sem pestanejar. Regatear, para quê? Pagamos o que for preciso, há dinheiro e é nosso, certo?...

Mmmmm, nem por isso, apertem os cintos que o insólito continua...Este mesmo Saragoça recorreu voluntariamente à administração judicial para combater o risco de falência há menos de 2 meses. Anunciou uma dívida na ordem dos 100 milhões de euros e procura assim apoio para chegar a acordo com os seus credores. Não obstante, na passada sexta-feira, o emblema da I Liga espanhola recebeu o cobrador do fraque, que pretendia cobrar dívidas antigas ao presidente do clube, Agapito Iglesias, durante a apresentação do avançado mexicano Efraín Juárez. Nesta altura, o clube é gerido ao abrigo da Lei Concursal (um diploma espanhol que lhes permite negociar contratos apesar de uma situação declarada de insolvência) pelo que esta contratação e os montantes envolvidos no negócio causaram estupefacção e motivaram protestos imediatos de adeptos e equipas adversárias como o Deportivo da Coruña (credor daqueles e recém-despromovido à 2.ª divisão). Vocês não o fariam? Entretanto, por cá, Pinto da Costa, que deve saber do que fala, não resistiu, claro, e instigado sobre o assunto respondeu que se tratavam de milhões da treta e não milhões reais. Pero que dices tio?

1 de agosto de 2011

O Sporting, os fantasmas e o Chinês...

Confesso que esperei um dia para para poder deixar um olhar mais objectivo sobre o indigesto jogo de apresentação do Sporting. Numa casa cheia e entusiástica, como não se via há muito, alguns dos velhos fantasmas não resistiram e fizeram a sua aparição logo a abrir o jogo. Depois acomodoram-se e por ali pairaram até, pelo menos, chegar o intervalo. Na 2.ª parte lá foram desaparecendo, um-a-um, aborrecidos pelas inúmeras substituições de gente nova e o decréscimo de sustos que normalmente daí resultam. Os fantasmas da bola gostam mais de jogadores velhos e conhecidos, como toda a gente sabe.


Há uns "posts" atrás, no rescaldo de uma vitória tranquila sobre uns turcos fraquinhos e que tinham dado um jeitão neste jogo (na opinião de alguns), já eu expressava alguns medos do passado:
"(...) Ismailov (...) nunca se sabe se é desta que será "reforço" (...) Assusto-me ao ver Polga e Carriço de novo, mas o americano tinha chegado há um dia e já jogou a 2.ª parte, e Rodriguez (e Carrillo) voltará dps (...). Arrepio-me com a nulidade Djaló (mas parece-me q vai ser encostado rapidamente assim venha Capel) (...) A minha preocupação maior ainda é a defesa, em especial os laterais (Evaldo e J. Pereira conseguem desesperar-me, a espaços), esperemos que Thuran e Arias (...), apesar de jovens, possam aparecer como alternativas válidas. Em suma, pés na terra e esperança moderada para o Sporting."

Tais palavras, 10 dias volvidos, profetizavam de certa forma o que se viu. Se os erros foram mais que muitos (os golos sofridos roçam o ridiculo), também os jogadores que os preconizaram já não são novos nestas andanças e muito menos desconhecidos para os adeptos. E é aqui que os velhos fantasmas assombram. Foi em nomes como Carriço, Djaló, Evaldo, Postiga, João Pereira, Ismailov e Patricio, só para falar naquele 11 inicial, que reapareceram, para mim, as exibições mais negativas e nervosas do jogo. Assim, perdeu-se por 3-0 na apresentação e com uma casa cheia, resultado de factores como os já mencionados suspeitos do costume, a falta, até então, de jogadores que poderão e/ou deverão ser titulares (Exp.s: só neste jogo é que Rodriguez e Carrillo - jogador que entusiasmou, bem como Capel, fizeram os seus 1.ºs minutos pelo Sporting, enquanto que Arias, Thuran, Matias Fernandez e Bojinov nem apareceram), e por fim, mérito a quem de direito, uma exibição forte e muito "a doer" de um adversário de topo e habituado a outras andanças como o Valência. Aqui, deixo a ressalva para alguns adversários mais gozões ou distraídos: não confundir um adversário que surge crónicamente na Champions e só secundado em La Liga pelos estratosféricos Barça e Real, com clubes de meio da tabela da liga francesa ou equipas B uruguaias.

De resto e tirando o lado emocional e o orgulho ferido, que não acredito/não espero que sofra grandes danos (ao contrário de eventuais derrotas, mas desta feita a sério), nada de realmente grave se passou. É um jogo de preparação e estou convicto que se escolhessemos um adversário mais fraco só para haver festa (como opinava essa fonte de sabedoria de nome Rui Santos), dificilmente tiraríamos as lições que agora e em devido tempo poderemos tirar. Ganhávamos a uns tipos medianos e tal, e parecia que estava tudo bem, que era desta que Djaló se afirmava, que Carriço seria titular indiscutivel, que Postiga desataria a acertar na baliza, etc...Assim ficaram à vista insuficiências e desconcentrações e eu estou convicto que Domingos não é parvo. Há muitos jogadores para ver (muitos dos que jogaram de inicio vão habituar-se ao banco), há muita forma fisica para apurar, muita falta de entrosamento e muita organização táctica a desenvolver, o que de resto é normal nesta fase tão prematura, e numa equipa com muita gente nova, inclusivé treinador.

Nota: Se se estiverem a perguntar onde é que aparece o chinês do titulo no meio disto tudo (e não, não vão vir charters), remato com o saber de Mao Tse Tung: "Entender a derrota, é preparar o caminho para a vitória". E olhem que este chinês, acertava muito mais do que Postiga.